O Presidente do Conselho Diretivo do Instituto do Desporto e da Juventude, Frederic Mbassa, disse que, com este primeiro recenseamento geral do Desporto, o IDJ está a realizar um objetivo que o país há muito queria concretizar.
A declaração foi proferida hoje, quarta-feira, no âmbito do arranque do “I Censo do Desporto”, que terá a duração de um mês em todo o território nacional, junto dos agregados familiares, organizações, instituições e infraestruturas desportivas do país.
Segundo Mbassa, este projeto tem também por objetivo a elaboração da Carta Desportiva Nacional, que irá abrigar todos os dados oficiais de todo o movimento associativo desportivo nacional, uma aspiração antiga, desde o segundo grande plano do desenvolvimento do país.
“Nós estamos a falar de 1986, que hoje em 2022 estamos a concretizar, através do Instituto do Desporto e da Juventude e o Instituto Nacional de Estatísticas, com o financiamento do Banco Mundial, este grande projeto para o desporto nacional”, realçou.
Recorda-se que o “I Censo do Desporto” consiste no levantamento e registo de todos os dados do movimento associativo e desportivo no país, que vai permitir mensurar o impacto que o desporto tem na sociedade, na economia e na vida das pessoas, e perceber quais as estratégias podemos traçar daqui para a frente para evoluir nesse setor.
Neste sentido, conforme explica o dirigente, “nós estamos a procura saber todas as modalidades praticadas no país, todos os atletas do país, por género e faixa etária, todos os árbitros e juízes e oficiais de mesa do país, em que níveis é que estão todos os treinadores e monitores, todas as infraestruturas e em que condições e ondem estão, todo o fluxo financeiro a volta do desporto para que possamos saber o que é que temos de fazer daqui em diante em termos de definição de políticas publicas para o desenvolvimento do Desporto Nacional.”
Ou seja, todos os dados do movimento associativo desportivo, de acordo com o artigo 54°, da Lei 18/IX/2017 de 13 de Dezembro, da Lei de bases do Desporto.
“A visão de desenvolvimento é feita e efetivada com base em dados credíveis que permitam, efetivamente, projetar a evolução do setor”, remata o presidente.
Importa frisar que este censo fornecerá um manancial de informações e indicadores referentes aos diversos aspetos como os hábitos desportivos dos indivíduos, a demanda e o consumo do desporto, infraestruturas desportivas existentes no país, organizações desportivas formalmente constituídas, agentes desportivos, entre muitos outros, permitindo melhor informar, compreender, formular, seguir e avaliar políticas e programas sobre o desporto, com base em informações credíveis.
O recenseamento, que arrancou com a recolha de dados nas infraestruturas desportivas, será feito em duas vertentes: a primeira refere-se a recolha de dados junto às famílias através de um inquérito sobre uma amostra de 6.740 agregados familiares, em que serão recolhidos dados referentes à prática desportiva, a procura do desporto, perfil dos praticantes de desporto, entre outros.
A segunda vertente refere-se à recolha de dados administrativos junto das organizações desportivas (federações, associações, clubes e escolas de iniciação) e instituições consideradas, por lei, como um subsistema do desporto (Ministério da Educação, Ministério da Defesa Nacional, Ministério do Turismo e as Câmaras Municipais).
De realçar que a recolha de dados decorrerá até 22 de março e contará com 78 agentes de terreno, entre inquiridores e supervisores, devidamente credenciados.